quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Divagações IIII

Entendo por Aura do indivíduo tudo aquilo em que, devido à sua presença, possa ocorrer algum fenômeno respectivo. Por exemplo, se num dia claro caminharmos e ao mesmo tempo prestando atenção quando se passa por objetos grandes, perceberemos que nosso corpo ao coincidir com a luz do sol gera uma sombra que, dependendo da posição em que estivermos (nunca experimentei fazer isso indutivamente) poderá ser maior ou menor. Bem, eis um exemplo de um fenômeno que envolve diretamente e indiretamente a pessoa e que dependeu dela para que se fizesse possível. Mas, para ficar mais claro, darei outro exemplo que também visa esclarecer a tentativa de encontrar uma posição que abranja os fenômenos possíveis de maneira holística. O cheiro que emana da pessoa, à distância em que sua voz pode ser ouvida; as partículas do som viajando pelo espaço, as partículas de cheiro que flutuam pelo ar; ambos envolvem o que denomino por aura.

São somente alguns exemplos, poderíamos, enfim, levantar centenas de fenômenos para demonstrar em exemplos, esse ponto fica a critério da curiosidade.
Evidente que, tendo em vista que não se pode denominar ao certo todo o fenômeno possível a que uma pessoa está sujeita penso que basta que nos certifiquemos de considerar todo e qualquer fenômeno que se possa provar que seja verdadeiro.

Os fenômenos que envolvem o sujeito podem ser destacados em dois: os passivos e os ativos. Os passivos são os que não dependem de sua apreensão e que se dão de forma natural e espontânea, como por exemplo, o som que emite o caminhar, ou mesmo a sombra que fazemos ao cruzar com uma luz qualquer. Há, no entanto, que se fazer aqui uma ponderação. É certo que o sol não incidiria e, consequentemente, não se formaria a minha sombra se eu não houvesse de forma deliberada ou não, me posto em direção a ele. Mas, devemos considerar este ponto como acrescido na questão para não incorrermos em erro. O fenômeno passivo é aquele que se dá simplesmente pela sua condição de existir, pois ele envolve seu corpo e tudo aquilo que dele possa emanar. Portanto, o seu existir já gera diversos fenômenos, eis aqui a passividade a que me refiro.

Os ativos se referem a tudo aquilo que, através de minha ação deliberada se fazem e que, sem a minha ação teriam sido pouco prováveis ou até mesmo improváveis. Este segundo remete a infinitas possibilidades assim como o primeiro, no entanto, em particular ele se estreita diretamente com o que diz respeito ao ser no mundo e suas ações conscientes diante dele. Ambos se dão de forma complementar, portanto a diferenciação em ativos e passivos se refere tão somente a uma classificação que permite uma melhor maleabilidade para tratar e diferenciar os conceitos, e não uma dualização.

(cont)

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