domingo, 20 de setembro de 2009

Divagações III

(...)

Mas, não parece satisfatório tal perspectiva, a consciência do ato não impede que o mesmo aconteça. O amadurecimento surge do entendimento e da experiência, nenhum antecede o outro.

Mesmo que eu não crie planos no pleno entendimento de que poderei me frustrar diante deles, isto me fará ser mais cauteloso e prudente na hora do mesmo, mas não garantirá que eu venha a conter-me, nem tampouco negar a mim mesmo em meu mais íntimo entendimento e impulso. Ou então, às avessas, caímos no paradoxo do modo dual de entender: mesmo que eu me esquive de fixar planos em que, assim, não me serão futuros contratempos, terei que fielmente seguir este entendimento à fim de não me contradizer. Quer dizer, meu novo plano seria não fazer plano algum.

Mas, penso que devemos ir mais além. Esqueçamos o fazer planos, mas esqueçamos também o não-fazer planos. De modo que possamos apenas Ser no Devir do mundo, nas contingências e sem precisarmos recorrer à subterfúgios que escapam ao meio termo, pois na medida em que nada falta ou excede, toda escolha é plena e de boa consciência.

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