sexta-feira, 31 de julho de 2015

Devaneios XXXXvIIII

Ninguém se sensibiliza (a maioria sequer tem conhecimento disso) com o fato de que no mundo morrem milhares de pessoas diariamente por diversas causa das quais, com boa intenção e seriedade seriam facilmente resolvidas, todavia se prostram como senhores da boa moral e da benignidade ao bradar que são contra a violência e que são incapazes de a cometê-la, na mesma medida em que sua própria forma de viver é a própria causa de toda a miséria.

Isso, todavia, lhes passa despercebido, como que numa ironia remota..

Devaneios XXXXVIII

O único e verdadeiro espetáculo da sociedade é o da Morte, e posterirmente, engendrados pelos mecanismos sociais, cada um se prostra de "um lado" específico. 

Em ambas as instâncias, é como se vivêssemos "in gladio" eterno, sempre dispostos a dar nossas vidas pela mecanismos sociais que engendram a miseria e a morte, sem nunca ver o que há por detrás da cortina. 

Enquanto os países se afundam em guerras intermináveis, cada um ao seu modo, vivendo a dicotomia do bem e do mal, sem enxergar os mecanismos que criam essa mesma noção.

Aqueles que ditam as regras estão em seus tronos observando a mortandade desenfreada e o nascimento de uma tragédia ainda maior, aonde o mundo todo se tornará num grande campo de batalha, com heróis de todos os tipos dispostos a dar as suas vidas para manter o status quo: da desilgualdade, da injustiça, da entrega irrefletida de si para no mínimo sanar uma necessidade interna - mesmo que condicionada - de fazer aquilo que é certo, e o que é necessário.

A máxima que vigora é a de que, indubitavelmente devemos cavar a nossa trincheira, todavia devemos antes escolher os nossos inimigos - nem que sejam espantalhos de nós mesmos, seguindo a nossa própria sombra.

Devaneios XXXXVII - Da filosofia Sã

A Filisofia Sã não é aquela demasiado sóbria, pitoresca e cheia de pompa, ela é em realidade aquela embriagada e entorpecida pelos sentidos, pela ontologia saudável de seres simples e desapegados de adornos supérfluos.

Devaneios XXXXVI

Certas formas de pensamento não necessitam ser confrontadas no sentido de demonstrar as suas contradições, visto que as mesmas não o são por questão de argumentos e sim de caráter ou índole do indivíduo. 

Em certas ocasiões basta posicionar-se de um lado e estar disposto ao confronto - que é o máximo que as circunstâncias levarão. O mesmo ocorre na guerra.

As dicotomias engendradas pela nossa sociedade em suma são projetadas para simular o confronto e raramente a conciliação de fatos, visto que estes são secundários na maior parte das vezes, e tudo repousa no campo da escolha do indivíduo enquanto existência fatídica, e não como indivíduo pensante.

Devaneios XXXXV

As políticas de manutenção da miséria da Ordo Seclorum não são nenhum mistério ou questão de uma agenda oculta, como se quer vulgarmente dizer. 

O alto comando impõem, em forma de políticas internacionais, consagrada por instituições seculares, cujas obtém poder através do caos social impetrado por eles próprios, políticas que geram a dualidade e a instabilidade, em todos os âmbitos da vida humana e social.

A pobreza e a manutenção da miséria é o modus operandi dessa sociedade, e ela tem em si mesma um objetivo escuso, que é o de perpetrar uma sociedade governada pelos arautos da Autoridade de todas as instâncias, que estará para aquém de qualquer instrumentalização ou noção de reciprocidade dos indivíduos que a compõem. Nesse momento não serão mais os mecanismos sociais que darão a sensação de controle, de autonomia, mas em contrapartida será a submissão completa e a abdicação de todo e qualquer ferramenta - ou mesmo de necessidade - de interagir com a própria realidade.

Quanto mais nos engendramos nos conflitos sociais, gerados pela própria forma como, verticalmente as políticas se impõem e a sociedade se organiza, que são de natureza contraditória, mais nossas energias vitais estarão voltadas para contendas e conflitos, que em si mesmos apenas retroalimentam esse ciclo, uma vez que são desdobramento deles.

Devaneios XXXXIIII

A nossa sociedade foi feita para simular o conflito, não para estimular o debate.

Em última instância, a maioria passa a vida sem perceber se as suas ações engendram poroblemáticas - por essa razão a falsa ilusão do debate, pois ele dá a aparência de respaldo, quando o fato é que o indivíduo pode falar uma cousa e estar, através de suas ações fazendo completamente outra.

Devaneios XXXXIII

Enquanto o ser humano vive sua vida medíocre, com suas problemáticas medíocres e supérfluas, o planeta é destruído sistematicamente de modo que, tanto no presente quanto no futuro não haverá quaisquer perspectiva de vida: as gerações futuras já estão natimortas e zumbificadas.

Que paguem todos pelos seus crimes hediondos, e, nesse caso a Justiça será operada pelo próprio desígnio da natureza, que será bem menos piedosa do que se pensa o mais reles e pedante ser humano, em suas ações ignóbeis e vis.

Devaneios XXXXII

O que a diplomacia e a política não resolvem - normalmente encontram resolução no campo de batalha.

Devaneios XXXXI

Nada é irrevogável por natureza - a não ser a própria Natureza, que é a que define a natureza das cousas.

Devaneios XXXX

As amizades modernas são pragmáticas, coadunam com a fraqueza de espírito que assola a civilização: não se fortalece na compreensão de valores e qualidades, mas se vê fortalecida e regozijada na equiparação de ressentimentos e frustrações.

Devaneios XXVIIII

Ontologia básica: as palavras evocam, em verdade, não um significado estrito e dado pela linguagem, mas sempre um estado de coisas - seja na própria configuração da realidade, ou na do indivíduo que a profere.

Devaneios XXXVIII

Não existe esse negócio de relatividade moral, visto que a Moral é o desdobramento do Ethos de uma época específica, da função organísmica da sociedade, em sendo assim, ela não é nem relativa e nem não-relativa, pois a relatividade é um agente de trato para cousas e não valores.

Devaneios XXXVII

O termo "avanço tecnológico" é uma redundância, visto que a única coisa que se transforma são as ferramentas com que se perscruta a natureza, nesse sentido o que se chama tecnologia já é o próprio reflexo da variação do manuseio dessas ferramentas.

Devaneios XXXVI

Chegará o dia em que todas as forças de opressão do Estado se tornarão desnecessárias, nesse dia tomará o lugar outra força, que será de uma ordem hierárquica superior, e que terá o comando de tudo, e cuja função organísmica será não o de combater fantoches, como guerras artificiais ou violência gerada pela nossa sociedade cujos fundamentos é a injustiça e a usurpação.

Nossa sociedade está engendrada para dar a essas pessoas poder suficiente para se pensarem como um papél indispensável dentro da mesma, todavia o fato é bastante diferente, e os mesmos verão quando sua prepotência vir a se tornar impotência, e quando os seus comandos foram o contrário daqueles que promulgam os seus instintos de combate e de violência: serão fadados ao esquecimentos, e trancafiados nos cantos mais recônditos do desprezo, e talvez entenderão que foram por usados da forma mais vil possível, para manter um status quo de degeneração e vilipêndio mútuo - cairá por terra também os seus instintos mais nobres que se mostrarão em verdade como torpes e degenerescentes.

Nesse dia, igualmente, o ser humano o deixará de ser em função de sua existência natural, e o passará a ser por concessão de forças maiores, cujas impugnarão a sua forma de ser hierárquica e verticalmente, sobre tudo o que vive, tudo o que existe. Os próprios instintos de destruição - que foram alimentados durante milênios, serão os que darão autoridade para os Arautos do Poder, que transformarão este planeta em algo não mais natural, não mais saudável, e não mais digno de se viver.

Quem viver verá o opróbrio e a Miséria que se farão presentes sem precedentes na vida humana.

Que a força dos antepassados esteja conosco.

Devaneios XXXV

Toda noção de "melhoria" engendrada pelo ser humano é tão somente uma transformação de uma propriedade latente e inata de um fenômeno da Natureza, e que, somente se aplica visto haver essa essência consubstancial derivada de uma determinada substância ou agente, no qual se transmuta - e em geral, em detrimento da própria essência pela qual a mesma se transforma.

Degeneração sui generis da percepção e dos sentidos.

Devaneios XXXIIII

A lógica da sociedade moderna é que, se algo tem que ser aceito precisa ser necessariamente por unanimidade - os entremeios deixam de existir - assim como as sutilezas. 

Se eu me rejeitar por exemplo a alimentar um filho meu com um alimento transgênico, me resguardando do fato de que esse alimento é venenoso e o causará diversos males, serei taxado de inconveniente pelo fato de contrariar o que é universalmente aceito, independente das ponderações e razoabilidades.

Pois aqui existe uma malícia em dois sentidos, pois não basta que queiram envenenar a si mesmos num frenesi alimentício que engloba já quase toda humanidade - cousa que honestamente não faço questão nenhuma de evitar, e nem quero ser o arauto da salvação alheia, todavia não se pode nem querer resguardar a si mesmo, sem prejuízo de ser taxado de antiquado - por aqueles que estão constantemente envenenando a si mesmo e que, com os sentidos entorpecidos os julgamentos claramente são afetados pela inconsciência de suas ações.

Sintomas de uma sociedade decadente.

Devaneios XXXIII

Ouso dizer que, dentre as realizações na vida de um homem, as de maior peso e valia não são as que ele outorga para si como conclusas, realizadas, satisfeitas de algum modo, mesmo que, por um momento ele possa se regozijar por determinados valores ou aquisições, estas realizações são sim importantes da somática de sua existência, todavia digo: é naquilo em que ele projeta suas energias criativas e produtivas, naquilo que ele galga ontologicamente para o seu ser - ou seja, o inconcluso, o incompleto, aquilo que está constantemente por fazer-se, eis aonde ele vê se processar o melhor de si.

Sim, pois é nesse movimento de engendramento constante que se perpetra no seu ser, e que perpassa por todas as camadas de sua existência fatídica que ele concilia tudo aquilo que ele é, numa forma sucinta e ressalta a vivacidade do seu ser.

Devaneios XXXII

No excesso demasiados espíritos se tornam nobres, todavia a escassez é míster em revelar a bondade.

Devaneios XXXI

Aqueles de natureza branda podem sim tolerar afrontas e comportamentos capiciosos, visto que em tais circunstâncias não se faz necessário qualquer ímpeto nesse sentido, todavia estes mesmos podem, quando se faz necessário, agir em concomitância com as circunstâncias, e utilizar de força necessária - quando se esgota os meios discursivos - para impugnar ameaças que, todavia visem não somente ao próprio indivíduo, mas aqueles que o cercam e que fazem parte do ínterím pelo qual se dá sentido até a sua própria existência.

Portanto no que tange a estes indivíduos, os espíritos comuns podem confundir a sua complacência com indolência, porém estes mesmos é que não podem cair na estultice de querer, como diz o ditado comum - testar a sua fé.

Gnothi Seauton

Devaneios XXX

Mesmo as forças mais opostas e repulsivas do universo perpassam a si mesmas e umas as outras multiaxialmente através de fenômenos comuns da natureza.

Devaneios XXVIIII

A invencibilidade não consiste em um espectro de proteção inexpugnável, ou alguma carapaça física: ele é o resultado de um estado de espírito inabalável e indómito.

Devaneios XXVIII

Não existe consenso: toda ação desdobra-se sempre de uma escolha unilateral das circunstâncias - que pode, todavia coincidir no seu efeito final.

Devaneios XXVII

O questionamento serve para trazer novas nuances para algo do qual já investigamos e meditamos a respeito - em última instância é somente a observação contemplativa que pode realmente nos proporcionar algum conhecimento de fato da natureza das coisas; a indagação se configura como uma ferramenta secundária nesse interím.

Devaneios XXVI

O Secretismo (e o sincretismo) é a base de todas as doutrinas da modernidade - é a própria herança de nossa Era.

A própria noção de uma escala de ascensão maior, de uma ritualização hierárquica do espiritualismo já está impregnado de ambas as coisas até o âmago.

Devaneios XXV

Toda a retórica moderna de desconstrução de valores é baseada numa premissa inequívoca e sintomática : a de que existe no indivíduo um potencial inesgotável para usufruir do que o mundo lhe pode proporcionar, no entanto sem se preocupar com as mazelas causadas por essa luxúria. 

A modernidade abrange um hedonismo inconsciente que levará a própria civilização à ruína, todavia esse ímpeto se pretenda reconstruir-se a si mesmo com o mesmo mecanismo com que engendra a sua própria destruição: e, essa sim, é a verdadeira anarquia dos instintos e de tudo que pode haver de bom em qualquer tipo de civilização.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Devaneios XXIIII

Sinto em minhas veias o pulsar da existência, cuja vivacidade e vigor refletem-se n'um estado de espírito, cuja natureza é igual a da Espada: afiada e perigosa, e que, quando bem manuseada demonstra-se na retidão do caráter do guerreiro, cuja sabedoria perpassa pelas camadas mais tênues do seu ser.
A saúde é o reflexo deste estado de espírito, que transborda e se faz necessária enquanto um ato de reciprocidade, mas mais pelo seu excesso (e portanto pela necessidade de "iguais") do que pela fraqueza do desejo de ser útil, enquanto necessário - eis a força da extirpe de homem com instintos autonomamente sadios e superiores.

Devaneios XXIII

As pessoas se dizem (ou se pensam) incapazes de cometer atos de violência, tornam-se passivas e, entretanto regozijam-se com a violência cometida pelo estado e suas instituições macabras.
Ninguém quer sujar as mãos, mas ficam todos expectadores da morte, como no coliseu romano, assistindo ao morticínio perpetrado pelos mecanismos sociais, no qual tem-se a ilusão da inocência, a ilusão de que também, através a passividade, não se está diariamente ceifando vidas de inocentes.

Devaneios XXII

Em nossa Era todo anseio por Justiça acaba Invariavelmente no ensejo por Sangue, Morte e Vingança!
Blood demands Blood...

Devaneios XXI

Respeito aquele que Honra o Domínio da Natureza sobre tudo o que vive e que, para tal o mantém enquanto um próprio movimento de preservação de si mesmo.
Quanto ao Reino dos Homens, é soberano o opróbrio e a miséria e por tanto não há nenhum sentimento senão aquele de desprezo e necessidade de extirpação, pois não há nenhum mal que se possa fazer ao próximo que não esteja engendrado pela própria forma de viver dos reles seres humanos e que os mesmos por mais que queiram se supor benignos são em si mesmo a própria encarnação da vilania.
Que venha o seu fim, para que novamente a tranquilidade da existência possa fazer algum sentido nesse planeta escondido nos cantos recônditos de nossa galáxia, que a miséria e o opróbrio se façam em escalas inimagináveis para aqueles de espírito fraco e coração brando suficiente para não observar em si mesmo o mal que consome a tudo e a todos.

Divagações XX

Aquele que se vê na potência e condição de ajudar o próximo - quando é de sua índole - o faz pelo simples prazer de ver tanto aquele que foi ajudado em situação ou condição melhor, tanto quanto serve para o próprio agente da ação como vigor ao seu espírito de nobreza; de fato não existe uma ajuda despretensiosa na mesma medida em que no melhor dos atos pode repousar alguma intenção oculta.
Entretanto a gratidão é, principalmente para aqueles que, de bom grado se fazem úteis e prestativos, cujos quais terão minha eterna benevolência e disposição - para muito aquém de qualquer ação ou benefício causados, isso porque o próprio ato em si mesmo - e aquilo que o impulsiona, carrega em si as qualidades que enobrecem tanto o agente quanto o que está em relação de reciprocidade.
No entanto, na mesma medida, o repúdio é assaz quando se faz presente o sentimento degradante de querer imputar aos outros a culpa, o cinismo de querer carregar feitos que não foram cometidos, ou cobranças sobre ações ulteriores; para estes reservo o meu desprezo e não há ação nenhuma que os mesmos possam realizar - no que tange a mim evidentemente - que possa reaver o respeito comungado, que foi perdido.
A essência das relações humanas é a mutualidade e, porquanto, mesmo os sentimentos torpes devem ser respondidos à altura - sem implicar necessariamente que se deseje o cometer, mas que é uma questão de ser equânime dar, no mínimo, aquilo que se recebe.
Miden Agan

Da Instrumentalização da Realidade

O ser humano contemporâneo possui um indissociável apego aos métodos que lhe garantem o seu status de poder e o utilitarismo do manuseio, tanto da própria natureza quanto dos outros seres humanos. A análise fenomenológica através de uma Ontologia saudável e reflexiva, que entende que os fenômenos da percepção são um desdobramento da própria Episteme do homem, de seu aparato cognitivo transformado em um modus operandi prático para penetrar as camadas da realidade, por assim dizer. Além do próprio Ethos que o condiciona num determinado espaço de tempo, impugnando a praxis desse todo e de tudo o que ele possa abranger.

Todavia a ciência de hoje (cuja semântica já é uma mera representação insuficiente e delimitante) nada mais é que o apego às próprias ferramentas que a constituem, e, em suma - como todo movimento o é - irrefletida de si mesmo não pode realizar qualquer transcendência, pois ela é em si mesma a negação da mesma, pela autoridade do que é sistemático e repetitivo, constituindo-se de uma petição de princípio, em sua própria essência.

Todavia a Sabedoria de todos os tempos, das mentes sãs e fisiologicamente\Filosoficamente vigorosas, sempre souberam que até mesmo os fatos mais profundos da Realidade podem ser vislumbrados pelo próprio movimento simples da Natureza, e que o apego a ferramentas, que são, em suma, apenas um juízo de valor - cuja valoração se encontra na própria potencialização dos próprios sentidos, é apenas o sintoma dessa necessidade, dessa Vontade de necessidade.

Esse mecanicismo é como um vício no espírito humano, que o corrói em suas estruturas mais íntimas e o faz negar aquilo que é auto-evidente para afundar o espírito no ceticismo e no imperscrutável, por buscas infindáveis que beiram as margens do inefável: uma busca ad infinitum que carregará o ser humanos para cantos obscuros, no qual não haverá nada a qual ele possa se apegar.

Divagações XVIIII

Toda a nossa cultura milenar está permeada pela noção de que o ser humano deve buscar "paz de espírito", e todavia, ao perscrutarmos os meandros ontológicos de tais condicionamentos veremos que, em última instância trata-se de uma sutil ferramenta para pacificar e admoestar o ser humano, tornando refém de seus próprios impulsos e resistências.
Eu, em contrapartida aceito de bom grado que é na própria perturbação, na alteração de espírito, no ímpeto da busca, da incessabilidade do espírito engendrado no mais alto grau de insatisfação com a condição de degeneração constante em que se processa no espírito humano - é nesse momento aonde se faz mais necessário uma recusa completa de tais instintos.
E, em última instância, fora do condicionamento meta-semântico-linguístico, não tratar-se-á de uma necessidade de rebeldia, visto que só se rebela aquilo que está dentro do paradigma, que é não somente o fruto, mas o desdobramento fisiológico deste: e, em suma, falo do próprio movimento oposto, vivificado pela necessidade de balancear as circunstâncias, que surge unilateralmente com a própria necessidade da Natureza de manifestar o seu vigor, na Saúde que resta dentre aqueles que ainda vivem nesse planeta.
Aqueles que carregam dentro de si o Chaos criativo da própria natureza do entendimento - não obstante da própria natureza fenomenológica da existência - estão sempre, limitados pelo seu Tempo, condicionados por épocas remotas, e, sempre, doravante, sendo a própria manifestação de todas as forças criativas e de equilíbrio, da mais alta extirpe, em toda a sua ingenuidade, enquanto meros seres mortais!

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Da Sabedoria do Guerreir

Uma das proezas da qual realizou o Governo das Sombras da Novo ordo seclorum no últimos milênios foi o de utilizar-se de um mecanismo natural do ser humano, engendrado por milhões de anos de depuração fisiológica, cujo qual na contemporaneidade dá-se o nome de instinto, mas que todavia opera nos cantos mais recônditos, inacessíveis, imperscrutáveis do espírito: os instintos são como uma espada afiada, com dois gumes penetrantes e que pode operar no sentido de assegurar, impetrar e lograr o êxito, tanto quanto impugna aquele que empunha, na medida em que seu uso é inadequado ou causa o opróbrio.
Em nossa humanidade tardia, condicionada e doutrinada (psico e fisicamente, ou seja, fisiologicamente pois o Logos é um desdobramento, independente de sua natureza inextrincável, do próprio Onto enquanto gerado pela sua natureza fisica e espacial) os possuidores do mundo detém um conhecimento amplo de como operam esses mecanismos, ademais entretanto, daqueles considerados inferiores - visto que aquilo que se supõe domínio deve estar em uma natureza manipulável de modo a não oferecer resistência além daquelas que são geradas pela seu próprio espectro de abrangência - e utilizaram desse próprio continuum do espírito para transformar o selvagem em domesticado, ou o intrépido e imprevisível em repetitivo, vulgar, débil e assaz.
A necessidade da violência, do combate, da ferocidade, do indómito, do vigorosamente impetuoso, é algo tão verdadeiro quanto o próprio respirar, e é a necessidade e desdobramento das forças da própria natureza, aonde a sobrevivência dita a essência do que é delicado e do imponderado, e que, em ambas as instâncias a morte e a necessidade de defender-se são movimentos inescapáveis, até mesmo para aqueles que se encontram em posição privilegiada, pelo exercer do Poder e Domínio.
O instinto de violência nessas condições não opera para nutrir o ser de uma carapaça envolta na necessidade de vida, do desdobramento dela enquanto ato de sobrevivência, mas surge do bojo obscuro da passividade da degeneração fisiológica contínua, da negação da própria violência enquanto a proclama enquanto uma instituição no espírito, vide o monopólio da força da nossa Era.
Mas como em todo movimento da Natureza, o ponto de equilíbrio se encontra nos próprios excessos ou carência, e a sua fúria é implacável e, mesmo com tais condições de degeneração de tudo o que vive: é justamente nesse momento aonde nascerão aqueles dotados do poder de preencher a lacuna existente, e essa natureza de seres serão os Campeões da Natureza, cujo reestabelecerão uma ordem de coisas aonde tanto a falta quanto o excesso serão debelados para os cantos mais recôndito de todas as naturezas doentes e débeis, e lá permanecerá, visto que tudo tem e, portanto, hora ou outra, encontra o seu lugar!
Gnothi Seauton