domingo, 13 de fevereiro de 2011

Divagações XI - Aforismo incompleto (poesia, aporia, devaneio)

Sou um Mágico.
Minha existência-fenômeno me permite estar aqui e, ao mesmo tempo, nos cantos mais recônditos do universo.
Em verdade, eu sou o próprio universo.
Minhas emanações são o reflexo do espanto do meu existir.
Estou em cada partícula, na medida em que sou pensamento, matéria, espírito, ou qualquer nome que se dê a mim.
Sou toda a realidade, apesar de não ser ela Toda. Sou manifestação, emanação, fenômeno, aura.
Me divido infinitamente, somente para agradar a percepção daquele que quiser me vislumbrar e conhecer. Todavia permaneço o mesmo, intacto; conquanto eu nem sequer "seja". Dobro-me até tornar-me flexível ao ponto da inflexibilidade.
Sou de todas as formas e cores; estou para todas as formas de perceber - e, todavia, para forma alguma.
Atravesso o pensamento mais rápido que o próprio pensamento.