quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Divagações XVIIII

Toda a nossa cultura milenar está permeada pela noção de que o ser humano deve buscar "paz de espírito", e todavia, ao perscrutarmos os meandros ontológicos de tais condicionamentos veremos que, em última instância trata-se de uma sutil ferramenta para pacificar e admoestar o ser humano, tornando refém de seus próprios impulsos e resistências.
Eu, em contrapartida aceito de bom grado que é na própria perturbação, na alteração de espírito, no ímpeto da busca, da incessabilidade do espírito engendrado no mais alto grau de insatisfação com a condição de degeneração constante em que se processa no espírito humano - é nesse momento aonde se faz mais necessário uma recusa completa de tais instintos.
E, em última instância, fora do condicionamento meta-semântico-linguístico, não tratar-se-á de uma necessidade de rebeldia, visto que só se rebela aquilo que está dentro do paradigma, que é não somente o fruto, mas o desdobramento fisiológico deste: e, em suma, falo do próprio movimento oposto, vivificado pela necessidade de balancear as circunstâncias, que surge unilateralmente com a própria necessidade da Natureza de manifestar o seu vigor, na Saúde que resta dentre aqueles que ainda vivem nesse planeta.
Aqueles que carregam dentro de si o Chaos criativo da própria natureza do entendimento - não obstante da própria natureza fenomenológica da existência - estão sempre, limitados pelo seu Tempo, condicionados por épocas remotas, e, sempre, doravante, sendo a própria manifestação de todas as forças criativas e de equilíbrio, da mais alta extirpe, em toda a sua ingenuidade, enquanto meros seres mortais!

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